Manifestantes de toda a Alemanha marcharam em Berlim neste sábado, 13, contra a xenofobia e a extrema direita em um dos maiores protestos do país nos últimos anos. Os organizadores estimam que mais de 150 mil pessoas participaram do ato. Protestos semelhantes ocorreram em Dresden, Koethen e outras cidades do leste.
Um porta-voz da polícia se recusou a estimar o tamanho da multidão no protesto, que foi organizado por grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional.
Os manifestantes carregavam cartazes que diziam “Construa pontes, não paredes”, “Unidos contra o racismo” e “Somos indivisíveis – por uma sociedade aberta e livre”. Alguns dançavam música pop em um dia quente de outono.
A chegada de mais de um milhão de migrantes, muitos de zonas de guerra no Oriente Médio, aumentou o apoio ao partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) . Espera-se que a legenda se saia bem na eleição na Bavária, há muito uma fortaleza da conservadora União Social Cristã, que integra o governo de coalizão federal da chanceler Angela Merkel.
Em agosto, grupos de extrema direita na cidade de Chemnitz, no leste do país, entraram em confronto com a polícia e perseguiram pessoas que acreditavam ser estrangeiras após o esfaqueamento fatal de um alemão ter sido atribuído a dois migrantes.
No entanto, o número de ataques violentos contra refugiados e contra abrigos na Alemanha caiu drasticamente no primeiro semestre deste ano. Duas empresas também alertaram seus funcionários alemães sobre os perigos do populismo antes das eleições regionais na Bavária. /Reuters (Estadão conteúdo)