Após duas semanas de investigação, a Polícia Federal concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, acusado de ter esfaqueado o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsanaro, agiu sozinho. Até o momento, não há indícios de que Adélio teria agido a mando de uma terceira pessoa ou de que teria recebido ajuda de uma outra pessoa para cometer o crime. A informação é do jornal O Globo.
A Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira (20) a primeira etapa da investigação e pediu prazo de 15 dias para apresentar um relatório final à Justiça Federal.
Após o encerramento do primeiro inquérito, um aprofundamento do caso deve ser realizado pela PF. Os investigadores pretendem esgotar as hipóteses para não deixar nenhuma margem de dúvida no caso. O segundo inquérito, portanto, seria uma medida cautelar da polícia.
O resultado das investigações condiz com o primeiro depoimento de Adélio, que afirmou ter agido por conta própria e motivado por divergências políticas com Bolsonaro. Num novo depoimento, na última segunda-feira (17), o acusado reiterou que cometeu o crime por “divergências ideológicas”.
Linha de investigação
A PF vasculhou a vida de Adélio Bispo de Oliveira nos últimos dois anos para chegar a conclusão da inexistência de um mandante. Computadores, dados de celular, contatos telefônicos, redes sociais, contas bancárias e relações pessoais, foram investigados pela polícia.
“Para o pleno esclarecimento dos fatos apurados, até o momento a Polícia Federal entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou dois Terabytes de imagens. Foram realizadas diligências investigativas em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Pirapitinga, Belo Horizonte e Florianópolis”, afirma nota emitida pela PF na tarde de hoje.