Os deputados estaduais Edson Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo, do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), são investigados pela Polícia Civil do Rio no inquérito sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. A afirmação foi feita pelo deputado Marcelo Freixo (Psol) à revista Veja. O crime aconteceu em 14 de março.
Ainda segundo a reportagem, uma das linhas de investigação da polícia apura se os parlamentares mandaram matar Marielle. A motivação do crime, neste caso, seria uma vingança contra Marcelo Freixo, que protocolou o pedido que impediu Albertassi de disputar uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e acabou resultado na prisão dos três.
A revelação de outra linha de investigação aconteceu um dia depois de o ministro Extraordinário da Segurança, Raul Jungmann, declarar que a agentes do estado e políticos estão envolvidos no crime.
Em nota, a defesa de Albertassi mostrou indignação com a acusação:
“Trata-se de hipótese fantasiosa, indigna de fé e contra tamanha irresponsabilidade serão tomadas todas as medidas judiciais cabíveis, nas esferas cível e criminal”.
O DIA não conseguiu contato com as defesas de Picciani e de Paulo Melo.
Assassinato
Marielle Franco foi assassinada com quatro tiros na cabeça e seu motorista Anderson Gomes atingido por três balas. Eles foram mortos após saírem de um evento político-cultural, no Centro do Rio.
Câmeras de segurança flagraram os carros e os suspeitos, porém as investigações ainda não foram concluídas. Na quarta-feira, completam-se cinco meses da morte da vereadora e do motorista.