Uma criança de cinco meses esta internada em estado grave no Hospital Municipal Carmela Dutra por conta de complicações no estado clínico após contrair leishmaniose.
A criança de cinco meses teve o diagnóstico de leishmaniose visceral, mais conhecido como calazar, confirmado em Bom Jesus da Lapa, oeste da Bahia. O caso ocorreu no Bairro João Paulo II.
O pai, José Carlos de Souza, que está com o filho de cinco meses internado com o calazar no Hospital Municipal Carmela Dutra em estado greve, conta que até descobrir a doença levou três dias, quando ele e a esposa levaram o filho na pediatra. “E nos resultados dos exames solicitados pela médica deu infecção na urina. Ela passou uns antibióticos, só que a criança continuou dando febre, em sete em sete horas. Depois disso, a médica mandou correr para o hospital, porque esse menino aí está com calazar’ e internou [o menino] no dia que chegamos aqui, e hoje já faz 16 dias”, afirmou.
O pai ainda fala de forma desesperada, que a situação tem causado muito sofrimento para ele e a esposa, que não podem fazer nada. Enquanto aguardam o Centro de Regulação do município conseguir uma vaga para transferir a criança para um local especializado, ele lamentou que mesmo conseguindo a vaga na noite desta quinta-feira(19) em um hospital de Salvador, não teve como fazer a viagem. A criança piorou o quadro clínico e os médicos acharam melhor não fazer o procedimento, quase levando ao óbito do filho. “Uma das formas da gente sair daqui é por meio de via aérea, só que a gente não tem condição de pagar avião. “Aqui não tem UTI, meu filho passou mal. Foi em primeiro lugar Deus, depois os médicos daqui, que se viraram na hora ali, para poder fazer ele reagir”, agradeceu aos médicos.
De acordo o Diretor Administrativo do Hospital Municipal Carmela Dutra, Euler Ramos Pereira Nogueira, a situação é delicada, e a cobrança do pai faz parte do momento de desespero, só que a doença é uma patologia bem complexa, que está tendo uma atenção especial, diante da gravidade do quadro. “A pediatra está acompanhando e o quontece, é que a medicação dele a gente não tem aqui, que é uma medicação por conta do estado”, frisou
Ele afirmou que ainda que criança deu entrada no hospital apresentado o quadro de leishmaniose, foi feito um relatório e encaminhado imediatamente para a Secretaria de Saúde do município, e a vigilância mandou para Salvador solicitando a medicação, e dentro de cinco dias eles responderam que o relatório tinha sido aprovado e a medicação tinha sido liberada, e neste sábado(21), chega.
O Diretor disse ainda que a regulação conseguiu uma vaga para o paciente em Salvador, ontem, conforme afirmou o pai da criança, só que na hora da viagem, os sinais vitais do paciente alteram, e o hospital achou por bem não fazer a transferência, já que o os médicos não deram segurança para o procedimento.