A população, a paralisação dos caminhoneiros, que em Bom Jesus da Lapa e sua microrregião durou dez dias, afetou vida dos cidadãos e continua causando prejuízos à economia.
Em Bom Jesus da Lapa ainda sofre com o desabastecimento de combustíveis, obrigando os consumidores a enfrentar longas filas para conseguir abastecer seus veículos.
A situação tem permitido que dois sentimentos prevaleçam. De um lado os empresários e produtores rurais que contabilizam prejuízos e já estariam buscando alternativas para minimizar as perdas, o que poderá, a curtíssimo prazo, representar no fechamento de postos de trabalho. De outro, o cidadão, que já não suporta mais ser chamado para cobrir “buracos” na economia e, indignado demonstra sua reprovação ao Governo do presidente Michel Temer (MDB).
“Toda população, não apenas de Bom Jesus da Lapa, mas de qualquer município do País, não suporta mais ser castigada com impostos sem ter a contrapartida de serviços públicos eficientes e de qualidade”, desabafou um microempresário, cuja identidade não revelou, que aguardava, na manhã desta sexta-feira (1º), há mais de duas horas para abastecer o carro em um posto de Bom Jesus da Lapa.
Na fila, quilométrica, flagrada em um posto na BR-430, na entrada da cidade, as pessoas se dividiam em relação à greve dos caminhoneiros e sobre uma suposta nova paralisação que estaria sendo preparada para a zero hora do próximo dia 4.
A maioria das pessoas ouvidas, embora declarando que apoiavam a manifestação dos caminhoneiros, declaravam ceticismo relação aos resultados práticos do movimento. “O único resultado dessa greve é esse que estamos vivenciando. A população está sendo penalizada pelo desabastecimento de combustíveis e de produtos básicos. E poderá ser ainda mais penalizada com uma onda de demissões, até porque, a gente sabe, empresário não vai querer assumir sozinho os prejuízos que teve e não será apenas aumentando os preços que vai equilibrar suas contas”, disse um aposentado. (Jornal Suldoeste)