Indiana que sobreviveu a estupro coletivo enfrenta ameaças ao ajudar vítimas de abuso sexual

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‘Meu estupro foi a primeira pedra do edifício’, diz indiana Sunitha Krishnan tinha 15 anos quando aprendeu que na Índia a violência sexual não é apenas fruto de impulsos não controlados. Estuprada por oito conhecidos, ela entendeu que o crime também responde às necessidades de uma sociedade conservadora e patriarcal que busca manter seu poder intacto.

“Fui estuprada como lição. O motivo foi vingança”, sentencia essa pequena mulher de 46 anos, que na época já militava por direitos sociais no vilarejo onde nasceu, na região de Bangalore.
“Meus estupradores eram homens que achavam que tinham que me dar uma lição porque eu estava fazendo algo no vilarejo para mudar as mentalidades. Questionar, despertar as pessoas para que pensem diferente. Isso não é aceitável para esses homens.”

Krishnan fala com a autoridade de uma sobrevivente, mas também de quem já ajudou mais de 18,5 mil vítimas de exploração e violência sexual com sua organização não governamental Prajwala (Chama Eterna, em sânscrito), fundada em 1996. Informações da BBC.