Teve inicio desde o sábado dia 18, o campeonato Lapense de Futebol de Campo, evento que tem uma das maiores premiações da modalidade, 40 mil Reais, as partidas são realizadas no tradicional estádio Benjamim Farah e conta com equipes de elevado nível técnico.
O Lapense 2017 é considerado pela organização como o maior campeonato de futebol do Oeste. Pelo menos na teoria. Na prática, o que tem chamado à atenção de quem joga ou torce, é a falta segurança no estádio.
Até aqui, o policiamento é ausente durante as partidas, o que coloca em risco a segurança de torcedores e famílias que vão prestigiar as suas equipes.
Dentro de campo, quem corre riscos são os jogadores, já que não há uma estrutura de médico, enfermeiro ou técnicos com ambulância de plantão.
Para comprovar a situação de alerta, na partida realizada na noite deste sábado (26), o jogador Claudio da equipe do Real Formoso teve uma fratura na perna (fíbula), bem como Mé, atleta do time do Lagoa Grande, que teve uma lesão leve no pé. Ambos não tiveram atendimento imediato de emergência no campo, demorou aproximadamente 20 min para a Samu comparecer no local. Os familiares dos jogadores ficaram desesperados querendo entrar no campo e saber o que estava acontecendo, em função disso, um familiar de um dos atletas saltou a proteção do estádio desesperado diante do fato.
Segundo um dos torcedores, que sempre acompanhou o Campeonato Lapense, “essa situação é lamentável, não é de agora que muita gente tem reclamado da falta de segurança nos jogos aqui no Estádio, e da falta de assistência médica. Não sabemos o que pode acontecer tanto aqui na torcida como dentro de campo. Eu me lembro, no ano de 2015 ainda tinha a presença da Samu e da Polícia Militar que sempre fazia parte, já em 2016 a ambulância não apareceu, que eu mim lembro só em alguns jogos importantes. A prefeitura tem que entender que um evento como esse não envolve só jogadores, mais também, famílias, tem muitas crianças aqui hoje, mães. Espero que a partir desse fato triste no próximo jogo seja diferente”.
Frisou ainda, “esse fato já era previsto, a falta de atendimento, considerando que para quem conhece e gosta de futebol, acontecem fatos como esse, muito contato, por isso é preciso pensar”.
O Estatuto do Torcedor em seus parágrafos 3º e 4º, exige a presença de um médico, dois enfermeiros e uma ambulância para cada grupo de 10 mil torcedores presentes ao evento. Não sendo este ainda o caso de Bom Jesus da Lapa. O que não descarta a obrigatoriedade da organização do evento em garantir a segurança de quem compete no amadorismo.
O risco é real.
Na cidade de Malhada, sudoeste da Bahia, distante pouco mais de 140 quilômetros de Bom Jesus da Lapa, um caso chamou à atenção pela região. Um jogador amador, Edimar Caldeira Filho, 38 anos, morreu na madrugada de sexta-feira (24), após choque de cabeça com outro jogador. Após o choque, Edimar levantou-se atordoado e retornou a residência sem nenhum atendimento médico. Um pouco mais tarde ele foi levado às pressas até o hospital local, que, diante da gravidade do caso, nada pode fazer para salvar o rapaz.
Pelo bem de todos os envolvidos com o esporte, os atletas, torcedores e a imprensa esperam providências da Liga Desportiva Lapense e da Prefeitura de Bom Jesus da Lapa.