A equipe de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) apreendeu mais de oito toneladas de carne sem procedência e imprópria para consumo em seis cidades da região de Guanambi, na Bahia. A operação, que começou no dia 13 de outubro, visa combater o comércio clandestino de carnes e proteger a saúde pública.
Na 50ª etapa do programa, foram inspecionados 41 estabelecimentos nos municípios de Candiba, Guanambi, Urandi, Pindaí, Iuiú, Palmas de Monte Alto e Sebastião Laranjeiras. Das visitas realizadas, 27 locais apresentaram irregularidades, resultando em 36 termos de notificação, 27 autos de apreensão, 24 termos de inutilização e três interdições.
A coordenadora da equipe, Andréa Kraychete, destacou que muitos estabelecimentos não possuíam a documentação necessária e estavam oferecendo carnes em estado de decomposição. Ela enfatizou a importância de que todos os locais que manipulam alimentos de origem animal estejam devidamente registrados em serviços de inspeção municipal, estadual ou federal.
Além das vistorias, a FPI também realizou ações de conscientização em 14 comunidades, promovendo o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte (Susaf). Este sistema permite o credenciamento de serviços de Vigilância Sanitária e Inspeção Municipal, garantindo a certificação dos produtos com um selo específico.
Durante as orientações, um estabelecimento de laticínios solicitou o Selo Arte, oferecido pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). Esse selo valoriza produtos artesanais de origem animal, permitindo a comercialização interestadual e beneficiando pequenos produtores, como agricultores familiares, indígenas e quilombolas.
Para obter o Selo Arte, os estabelecimentos devem ter registro oficial de beneficiamento, seguir métodos artesanais no processamento e assegurar o controle de origem dos produtos.
Audiência Pública
Está marcada para a próxima sexta-feira (25), às 8h, uma Audiência Pública no Clube de Campo de Guanambi. O objetivo do evento é apresentar os resultados das ações da FPI a gestores municipais, representantes da sociedade civil e organizações sociais da região.
A Fiscalização Preventiva Integrada é coordenada pelos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e do Trabalho (MPT), em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), contando ainda com o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).