A Argentina terminou o ano de 2023 com inflação de 211,4%, segundo anúncio feito pelo Instituto de Estatística e Censos do país (Indec), nesta quinta-feira (11). Essa é a maior taxa registrada desde a hiperinflação em 1990, que teve alta superior a 1.300%.
Em dezembro os preços para os consumidores saltaram 25,5%, contra 12,8% em novembro. O aumento é consequência de uma série de medidas do governo do presidente Javier Milei, que tomou posse no mês passado. Entretanto, antes mesmo de Milei ser eleito, o país já vinha enfrentando uma inflação altíssima. Em novembro, por exemplo, o índice acumulado no ano chegou a 148,2%.
O cenário enfrentado pelos argentinos é resultado de uma crise financeira e cambial que iniciou com desequilíbrio da balança de pagamentos. Em dezembro, as categorias com maiores altas aos consumidores argentinos foram Bens e serviços (32,7%), Saúde (32,6%) e Transporte (31,7%).