A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (22), a depor sobre o caso de empresários que discutiram no aplicativo de mensagens WhatsApp a possibilidade de um golpe de Estado.
O depoimento está previsto para ocorrer no dia 31 deste mês. Interlocutores de Bolsonaro informaram que a defesa dele vai tentar adiar o depoimento até que os advogados recebam mais informações sobre esse inquérito.
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, determina o arquivamento da investigação contra seis empresários que foram flagrados em um grupo de WhatsApp falando sobre a possibilidade de um golpe de Estado.
Porém, manteve contra outros dois: Meyer Nigri, da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan. No grupo dos empresários no aplicativo, havia a sugestão para que ocorresse um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva vencesse a eleição presidencial do ano passado.
O ministro do Supremo concedeu à polícia 60 dias para que sejam feitas diligências contra Hang e Nigri. O arquivamento alcançou os empresários José Isaac Peres (rede de shoppings Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu). Na ocasião, Alexandre de Moraes entendeu que “não foi encontrada nenhuma prova robusta” contra eles.
Bolsonaro já foi ouvido em outras quatro investigações desde que deixou o cargo.
Ele já se manifestou aos policiais por conta das apurações sobre as joias sauditas que lhe foram dadas como presentes, sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, sobre fraudes nos cartões de vacinas e sobre um suposto plano de golpe de Estado.