José Maria Marin é condenado por corrupção em New York

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Um júri popular decidiu na sexta-feira (22) em New York que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, é culpado em um caso de corrupção no futebol investigado pelo governo americano.
Outro condenado é Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, a associação sul-americana de futebol. Os dois foram considerados culpados de conspiração para cometer fraude. Um terceiro acusado, Manuel Burga, principal dirigente do futebol peruano, ainda aguarda o veredito.
Mais de 40 pessoas ligadas ao mundo do futebol foram acusadas de promover um esquema de propinas que favorecia federações candidatas a sede de torneios promovidos pela entidade, como a Copa América e a Libertadores.
O julgamento que condenou Marin durou cinco semanas e revelou uma rede de corrupção que atuava há décadas e que envolveu pelo menos $150 milhões em propinas. Segundo os promotores, Marin teria levado cerca de $6,5 milhões. O brasileiro, de 85 anos, também é acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na Copa do Brasil. Ele foi presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) entre 2012 e 2015.
A testemunha fundamental de acusação foi o argentino Alejandro Burzaco, ex-CEO de uma grande mídia argentina, que teria pago milhões em troca de direitos de transmissão de torneios. Burzaco acusou também Julio Grondona, braço direito do diretor da FIFA, Sepp Blatter, de levar pelo menos $1 milhão para votar a favor do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022. O argentino disse ainda que outras grandes mídias com quem ele mantinha parcerias, como a Rede Globo e a Fox Sports, eram cúmplices nas negociatas. As duas empresas negam qualquer envolvimento.
Os condenados agora aguardam a sentença da juíza Pamela Chen.
Um porta-voz da FIFA disse que a entidade vai “buscar compensação pelas perdas” causadas pelos dois ex-dirigentes.

Fonte: AcheiUSA