Via Bahia Notícais
Após acordo com MPT, empresário de Formosa do Rio Preto se retrata em vídeo e diz que caso de gravar voto ‘não foi brincadeira’
O empresário ruralista de Formosa do Rio Preto, Oeste da Bahia, flagrado em um áudio em que sugeria que patrões obrigassem trabalhadoras a gravar o voto através de celulares, colocados no sutiã , se retratou da irregularidade. Em vídeo postado nas redes sociais, Adelar Eloi Lutz disse que a situação “não foi brincadeira” e que o áudio deve ser agora desconsiderado.
“Eu venho a público para esclarecer a toda sociedade brasileira que assediar trabalhadores a votar ou deixar de votar em qualquer candidato é ilegal. Nenhum empregador pode interferir no livre exercício do voto. Minhas declarações anteriores devem ser desconsideradas. Não foram uma brincadeira, e por isso me comprometi a me retratar e a indenizar a sociedade pela ilegalidade praticada. Tanto as pessoas que trabalham para mim quanto aquelas que são empregadas em outras empresas não devem se sentir coagidas. Registrar o voto por filmagens é ilegal e ninguém pode exigir do trabalhador que declara seu voto ou comprove em quem votou para manter emprego ou qualquer vantagem”, diz trecho do vídeo de retratação.
Devido ao caso, o fazendeiro também se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 150 mil em acordo feito com o Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia.