Um em cada três brasileiros diz que só vota porque é obrigatório

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Eleição está marcada para o dia 2 de outubro. (Foto: TRE/Divulgação)

Dados da mais recente pesquisa Ipec, encomendada pela Globo, divulgados nesta terça-feira (13), apontam que um em cada três brasileiros só vota porque é obrigatório.

O instituto pediu que os entrevistados respondessem se concordam ou discordam da afirmação: “vou votar apenas porque é obrigatório”. Os que concordam totalmente com a afirmação foram 27%, e os que concordam em parte, 9%; somando 36%.

Já o percentual dos que discordam totalmente é de 54%, e o dos que discordam em parte, 8%. Outros 2% afirmaram nem concordar, nem discordar; 1% não soube ou não respondeu.

Em relação à afirmação de que “faz questão de votar em todas as eleições”, 73% responderam que concordam totalmente, e outros 11% disseram concordar em parte.

O percentual dos que discordam totalmente foi de 9%, e o dos que disseram discordar em parte, foi de 4%. Outros 2% afirmaram nem concordar, nem discordar; 1% não soube ou não respondeu.

Decisão 

O levantamento também aponta que 67% dos eleitores discordam totalmente da afirmação de que decidem seu voto sempre de última hora; e 9% discordam em parte. Já 13% responderam que concordam totalmente com a afirmação; e 8% concordam em parte.

Espectro político

A pesquisa indica ainda que 37% dos eleitores brasileiros se identificam como de centro, 35% com a direita e 26% com a esquerda.

O Ipec pediu para que os eleitores se classificassem de 0 (completamente de esquerda) a 10 (completamente de direita). Os que se identificam completamente com a direita são 23% e os que se identificam completamente com a esquerda 15%.

O Ipec também pediu que os eleitores se classificassem como conservadores ou progressistas. Os que se consideram completamente conservadores ou tradicionais são 27%, enquanto os que se classificam como completamente modernos ou progressistas são 23%.

Nesta pergunta, o Ipec pediu para que os eleitores se classificassem de 0 (completamente conservador) a 10 (completamente progressista), levando em consideração questões como “igualdade entre homens e mulheres, orientação sexual ou os papéis de cada membro da família”.

Os que ficaram do lado mais conservador, de 0 a 4, somaram 43%, contra 38% dos que ficaram do lado mais liberal, de 6 a 10. Outros 17% marcaram a opção que fica exatamente no meio, entre o conservadorismo e o progressismo. Os que não sabem ou não responderam foram 2%.

O número de pessoas completamente progressistas é maior entre eleitores com ensino superior (29%), de cor ou raça diferente de branca ou negra (30%) e sem religião ou que não são católicos ou evangélicos (30%). Também é maior entre os que consideram o governo Jair Bolsonaro (PL) ruim ou péssimo (31%).

Já a porcentagem dos que se dizem completamente tradicionais cresce entre evangélicos (37%), moradores do Centro-Oeste (33%) e do Sul (32%) e com ensino fundamental (32%). O índice atinge seu maior valor (40%) entre os que classificam o governo atual como ótimo ou bom.

Os eleitores que estão entre os dois extremos são mais comuns entre os que consideram o governo Jair Bolsonaro (PL) regular (22%), moradores da periferia (21%) e os sem religião ou que não professam a fé cristã (21%).