A Tarde
Mais seis casos de ‘varíola dos macacos’ (Monkeypox) foram confirmados na Bahia neste quarta-feira, 7, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Com isso, o estado já totaliza 66 casos da doença.
Os novos registros são da cidade de Salvador, com três casos, Vitória da Conquista, com dois casos, e Lauro de Freitas, com um caso. Além dos confirmados, a Bahia tem notificados 326 casos suspeitos que aguardam diagnóstico laboratorial.
Dos 66 casos, 47 foram registrados em Salvador; 2 em Juazeiro; 3 em Lauro de Freitas; 2 em Santo Antônio de Jesus; 2 em Vitória da Conquista; 1 em Cairu; 1 em Conceição do Jacuípe; 1 em Feira de Santana; 1 em Ilhéus; 1 em Itabela; 1 em Maracás; 1 em Mutuípe; 1 em Pé de Serra; 1 Teixeira de Freitas; e 1 em Xique-Xique.
Sintomas
Como a maior parte das infecções virais, o primeiro sintoma da varíola dos macacos é febre. Em seguida é comum apresentar desconforto corporal, fadiga, dores musculares e dor de garganta, além das já citadas inflamações nos linfonodos do pescoço. Dias após os primeiros sintomas, a doença causa as inconfundíveis pústulas cutâneas (bolinhas na pele), que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas mais costumeiramente no pescoço, membros inferiores e superiores.
“A doença tem vários sintomas que podem se confundir com outras enfermidades, como a própria Covid-19. A característica principal é a erupção de bolhas. Não há um público específico para a doença, já que o contágio acontece de várias formas. A orientação é que as pessoas em contato com pessoas contaminadas usem máscaras e luvas”, pontuou o secretário da Saúde de Salvador, Decio Martins.
Além disso, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, no período em que o paciente está assintomático, ele não transmite a doença. A transmissão acontece enquanto houver lesão na pele. Só para de transmitir quando a pele está cicatrizada e recuperada das erupções.
Onde procurar ajuda
Nesta semana, Salvador colocou em prática um protocolo específico de saúde voltado para a varíola dos macacos. A principal estratégia está na definição de 28 unidades básicas de referência para atendimento e coleta laboratorial e 16 unidades de urgência e emergências. Veja lista das unidades clicando aqui.
A recomendação da SMS é que as pessoas procurem os pontos de atendimento e coleta após os surgimentos das bolhas, características da doença, e que podem aparecer em qualquer região do corpo. “Às vezes uma ou duas bolhas já são suficientes para população procurar as unidades de saúde”, falou a gerente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Salvador (CIEVS/Salvador), Cristiane Wanderley.
Com apenas quatro laboratórios em todo o país com tecnologia para detectar o vírus, Salvador precisa enviar os seus testes para a Fiocruz do Rio de Janeiro, o que tem levado em média uma semana para receber os resultados. Com isso, o isolamento deve acontecer já com casos suspeitos, sem esperar a confirmação laboratorial.