Fim de recesso em meio a alta de casos de covid na Bahia faz escolas adotarem mudanças

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Via Correio24horas

Com o fim dos festejos juninos na Bahia, as redes pública e privada de educação estão de volta. Na segunda-feira (4), os colégios estaduais já tiveram seu primeiro dia de aula do segundo semestre. Na rede particular, a maioria das escolas retorna nesta terça-feira (5). No entanto, em meio a alta do número de casos ativos de covid-19, que chegaram a 13 mil em todo estado no último domingo, as aulas não retornaram da forma que estavam antes do São João chegar. Uso obrigatório de máscaras, ampliação de ações e ferramentas para higiene pessoal e pesquisas diárias em saúde são algumas medidas já conhecidas por estudantes que voltam a vigorar nos ambientes escolares.

No interior, ao invés das medidas para ampliar a proteção, houve até o adiamento do retorno às salas. O início das aulas na rede municipal na cidade de Guanambi, no sudoeste da Bahia, foi adiado para a próxima segunda-feira (11). O motivo é o aumento no número de casos de covid-19 no município. Atualmente, a cidade tem 655 casos ativos da doença. Na capital baiana, porém, nada foi adiado e as escolas municipais voltaram a funcionar normalmente na segunda-feira com os protocolos que estavam em vigor antes das festas de junho.

No âmbito estadual, a estratégia é a mesma e os estudantes continuam em sala sob as mesmas medidas de proteção vigentes anteriormente. “As aulas da rede estadual de ensino retornaram, nesta segunda, após recesso junino, observando os decretos governamentais e os protocolos de biossegurança. […] Vale lembrar, que as  escolas estão estruturadas e seguindo os protocolos de biossegurança desde que as aulas voltaram ao formato presencial, em 2021”, informa a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (Sec).

O que é recomendado?

O Instituto Federal Baiano (IF Baiano) afirma analisar os panoramas e tomar as decisões necessárias adaptadas a cada um dos seus campi. Em alguns deles, a instituição chegou a preferir não ficar só na orientação e suspender as aulas. Alunos dos IF’s Bom Jesus da Lapa e Teixeira de Freitas ficaram sem aulas presenciais em momentos de alta. Atualmente, o campi de Valença tem aulas suspensas de 29 de junho a 10 julho pelo mesmo motivo. Novas suspensões não são descartadas.  Pró-reitora de Ensino, Katia de Fátima Vilela afirma manter diálogo frequente com todas unidades do IF. “Neste contexto, orienta-se que o cenário epidemiológico local e a incidência de casos em cada unidade sejam monitorados diariamente”, fala.

Na Bahia, entre o público com 12 anos ou mais, apenas 49,92% dos aptos tomaram a dose de reforço contra a covid-19, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Entre o público de 5 a 11 anos, o dado é ainda pior. Apenas 37,82% dos aptos receberam a segunda dose da vacina. É justamente a baixa cobertura vacinal entre os menores que facilita a circulação de vírus, o acontecimento de casos graves e preocupa pais e responsáveis.

Um número que pode tranquilizar os pais é a baixa positividade registrada nas instituições estaduais de educação até aqui. A Sesab aponta que, dos 43.043 exames de covid-19 realizados em escolas e universidades da Bahia entre março e junho deste ano, 502 tiveram resultado positivo. Ou seja, 1,17% do total.

Nas universidades

As medidas para conter o avanço do vírus não serão colocadas em prática apenas nos ensinos fundamental e médio. Universidades já anunciaram mudanças para este período em que os casos estão subindo. A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) informou que vai seguir com as aulas presenciais, mas passou a obrigar o uso de máscaras nos ambientes da instituição, definiu que todos os locais de ensino precisam ter janelas e portas abertas e que todo e qualquer aluno, professor ou servidor deve se afastar das atividades presenciais ao apresentar sintomas gripais, voltando só após isolamento e testagem.

Na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), os diretores dos Departamentos de Educação (DEDC), de Ciências Exatas e da Terra (DCET) e de Linguística, Literatura e Artes (DLLARTES) do campus de Alagoinhas, suspenderam as atividades presenciais, acadêmicas e administrativas de 1° a 0 de julho por conta  de vários casos testados e confirmados de covid-19 no campus. No período, deveres acadêmicos ou administrativos devem ser cumpridos de maneira remota. A Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) também foram procuradas para informar se devem ampliar medidas protetivas para o próximo semestre, mas não responderam até o fechamento desta reportagem.

A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) informou que mantém o retorno presencial das atividades acadêmicas no dia 11 de julho, seguindo os protocolos de biossegurança adotados até o momento. Marcos Paulo Ramos, 24, vê com preocupação a volta presencial neste momento. “A Uesb ainda está seguindo aquele modelo de máscara na sala, mas alguns alunos não fazem uso. […] Não temos comunicado nenhum para melhorar a proteção, apenas falou no uso de máscara e distanciamento. Porém, pela situação, a gente se preocupa que a contaminação aconteça”, fala Marcos, que não cogita deixar de ir às aulas por conta da situação. (correio24horas)