O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) informou que apura três possibilidades para a morte de cinco crianças coreanas em Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia: acidente, trabalho infantil ou negligência. Um inquérito foi aberto pelo órgão para investigar o caso.
De acordo com o MPT, a tragédia pode ter sido acidental, causada pela falta de sinalização e proteção no local da obra; por negligência, caso a sinalização e/ou área de proteção tenham sido obstruídas; ou por causa de trabalho infantil, que é considerado ilegal.
O MPT-BA destaca que nenhuma das hipóteses é descartada, até o fim da manhã desta terça. O órgão público ainda salienta que a segurança da obra é de responsabilidade de quem a executa, e que o local deve contar com medidas de segurança e sinalização adequadas.
Até o momento, não há informações sobre quem teria aberto a vala que, segundo a Polícia Civil, teria sido feita para melhorar as condições sanitárias do local, porém, ainda não há detalhes sobre quem é o responsável pela construção.
A Polícia Civil informou, nesta manhã, que as investigações prosseguem e que oitivas são realizadas, no entanto, não é possível fornecer mais informações, para não atrapalhar o andamento dos trabalhos.
Relembre o caso
Cinco crianças coreanas saíram para brincar e foram encontradas mortas em uma vala, na cidade de Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia. O caso ocorreu na última sexta-feira (29), na fazenda Paraíso, que fica dentro da Vila dos Coreanos, onde vivem cerca de dois mil asiáticos e descendentes.
De acordo com a Polícia Civil da cidade, o caso ocorreu por volta das 12h, no entanto, os pais das vítimas sentiram falta das crianças por volta das 15h. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado quando os corpos foram encontrados pelos familiares, porém, as equipes já encontraram os pequenos sem vida.
Os corpos das vítimas foram enterrados no domingo (1º), em um cemitério particular, que fica na Vila dos Coreanos, onde ocorreu a tragédia. O acesso à comunidade é restrito às 160 famílias que habitam o local.
Duas vítimas tinham 11 anos, outras duas tinham 7 e a mais nova, tinha 6. Todas estudavam na rede municipal de ensino. No último sábado (30), a prefeitura decretou luto de três dias por causa da tragédia.