O Brasil gerou 136,1 mil empregos com carteira assinada em março deste ano, informou nesta quinta-feira (28) o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que houve uma queda na comparação com março de 2021 — quando, no pior mês da pandemia de Covid no País, foram criados 153,4 mil empregos formais.
O resultado de março também representa a menor geração de empregos com carteira assinada deste ano. Em março de 2020, no início dos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, foram fechadas 295,1 mil vagas com carteira assinada.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado. O ministro do Trabalho e da Previdência Social, José Carlos Oliveira, afirmou que o resultado de março “permite sonhar” com uma estimativa superior a 1 milhão de vagas formais abertas em todo ano de 2022.
Contratações x demissões
Ao todo, no mês passado, o País registrou: 1.953.071 contratações; 1.816.882 demissões.
Primeiro trimestre
Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, foram criadas 615,2 mil de vagas no acumulado do primeiro trimestre deste ano. No mesmo período ano passado, havia sido abertos 805,1 mil empregos com carteira assinada. Com isso, a geração de empregos na economia desacelerou nos três primeiros meses de 2022.
Ao final de março de 2022, o Brasil tinha saldo de 41,29 milhões de empregos com carteira assinada. Isso representa aumento na comparação com fevereiro deste ano (41,15 milhões de empregos) e, também, com março de 2021, quando o saldo estava em 38,7 milhões.
Setores
Os números do Caged de março de 2022 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia. Houve demissões na agropecuária.
Regiões do País
Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do País no mês passado. Foram registradas demissões na região Nordeste.
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.872,07 em março deste ano, o que representa queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 38,72 em relação a fevereiro (R$ 1.910,79).
Na comparação com março do ano passado, também recuou, pois o salário de admissão estava em R$ 2.018,60 naquele mês.