O trajeto que relembrar os passos lacrimosos de Jesus, que tradicionalmente recebia centenas fiéis na Sexta-feira da Paixão, voltou a acontecer após dois anos de pandemia ocasionado pelo Covid-19.
Para Antônio dos San, de 65 anos, a subida do Morro da Lapa na Sexta-feira da Paixão representa uma tradição de fé que já faz parte da história de todos seus familiares. “Meus pais faziam esse trajeto todos os anos, e seguindo tosa tradição dos meus avos, e eu e meus irmãos continuamos, mas infelizmente nos últimos dois anos, por causa do coronavirus, não tivemos como visitar o Bom Jesus e fazer essa caminhada de fé”, disse.
Devido as chuvas registradas durante a madrugada desta sexta, as entradas para ´Pão de Açúcar´ e da decida por dentro do morro foram isoladas.
A tradição da subida do Morro da Lapa é muito antiga, desde os primeiros peregrinos que vieram para Bom Jesus da Lapa, motivados pelo fundador, Francisco de Mendonça Mar. São 330 anos de descoberto o Santuário. Representando um ponto de encontro, de fortalecimento da fé, considerando que a montanha na Bíblia foi sempre o lugar de encontro com Deus, e na Sexta-feira Santa a subida do morro ganha uma motivação a mais, de penitencia e expiação dos pecados, por tudo que o Bom Jesus passou.
Ocorre que a subida do morro do Santuário do Bom Jesus da Lapa, seja como ato de fé ou de admiração, deve ser encarado com muita seriedade, tanto do ponto de vista devocional quanto do ponto de vista da segurança. Por isso, o Santuário do Bom Jesus da Lapa construiu escadas na maior parte do trajeto, e como já é de costume, colocou várias equipes de Bombeiros Civis para dá apoio aos fiéis durante a subida, orientando as pessoas a terem cuidado. Já que por mais que seja um trajeto conhecido, existem trechos mais estreitos, outros com riscos de acidentes em pontos mais escorregadios e por se tratar de uma atividade física moderada, exige cuidado redobrado principalmente para crianças e idosos.