O Bispo da Diocese de Bom Jesus da Lapa, Dom João Cardoso, que esteve presente neste sábado (11) no ato público em defesa dos rios na cidade de Correntina, se manifestou contra a tentativa de alguns veículos de comunicação tentar associar nomes de representantes da Igreja Católica, padres como “criminosos”, por conta da suposta associação desses representantes com os manifestantes que invadiram fazendas de empresários no dia 02 de novembro em Correntina.
O Bispo repudiou a forma que a mídia tratou o caso e tentou criminalizar as representações sociais. “Repudiamos a calúnia e o ataque covarde dirigido de forma geral contra os padres feito por certa página da internet. Ora, nossos sacerdotes são líderes religiosos que merecem todo o nosso apoio e o nosso respeito. Eles não tiveram e não tem nem um tipo de envolvimento com aquele acontecimento do dia 2 de novembro, nossos sacerdotes estão comprometidos com a missão espiritual que exercem com grande zelo e heroísmo. Como foi naquele Dia de Finados, em que todos estavam cuidando de seus rebanhos, celebrando em sua igreja, capelas cemitérios e cemitérios pelo descanso dos nossos irmãos falecidos”, falou
Dom João lembrou que no lugar de fomentar a criminalização e ódio contra a população, todos precisam pregar a cultura da paz, do diálogo e entender o que aconteceu. “No lugar de fomentar a criminalização e ódio contra qualquer pessoa, ou ainda atacar e difamar lideranças sociais. Nós não devemos perder o foco do problema, e tentar entender para qual situação, o grito daqueles desesperados do Dia de Finados direciona a nossa atenção, que é de colocar no centro do dialogo os direitos ambientais, a defesa das nossas águas, das nossas fontes, dos nossos rios e também a produção de alimentos”, finalizou.
Entenda mais sobre o caso
Depois de uma manifestação no último dia 02 de novembro, em que aproximadamente de 1000 pessoas, protestando contra o abuso na exploração das águas em duas fazendas no distrito de Rosário, várias fotos, e vídeos foram vinculados a mídia, que começaram classificar a população de Correntina como “criminosa e terrorista”. Depois disso, diversas representações políticas da Bahia e do Brasil também emitiram notas seguindo a mesma lógica das informações divulgadas, aumentando ainda mais o conflito, sem ouvir ou conhecer a realidade dos fatos. Algumas representações começaram a ser intimidadas pela polícia e até mesmo a depor sobre o caso.
Contrário a essa postura, que tentou criminalizar o povo da região de Correntina, diversas representações, como: Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), Universidades, Organizações Não Governamentais (ONG), representações sociais, também políticos e a Igreja Católica começaram a cobrar e divulgar outra versão, sobre o conflito. Depois disso, essas representações passaram a ser criminalizadas, citadas e perseguidas, também, como supostos responsáveis pelo ato do dia 02 de novembro.
Parabéns ao Bispo D. João Cardoso, pela defesa do povo que tanto sofre na mão dos poderosos e na maioria das vezes grileiros, invasores e exploradores da natureza em nome do sua grana e de um falso desenvolvimento…Rayfran, Assistente Social, especialista em Saúde Pública. Santa Maria da Vitoria-Ba
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