Vacina da Pfizer contra Covid tem eficácia de 100% para jovens de 12 a 15 anos

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por Ana Estela de Sousa Pinto | Folhapress

Vacina Pfizer contra covid-19

Os laboratórios Pfizer e BioNTech divulgaram nesta segunda (22) que sua vacina contra Covid-19 teve 100% de eficácia em jovens de 12 a 15 anos, após quatro meses de ensaio clínico de fase três (em que são comparados os resultados em voluntários que são tratados com o fármaco e em outros que recebem placebo). O imunizante é autorizado para essa faixa etária no Brasil, nos EUA e na Europa.

De acordo com os fabricantes, dados de 2.228 participantes do ensaio não identificaram nenhum caso de Covid entre os completamente vacinados, enquanto houve 30 casos sintomáticos da doença no grupo que recebeu o placebo.

Os dados serão enviados para revisão científica por pares, para publicação potencial.

Também não houve efeitos colaterais relevantes, de acordo com as duas empresas. Após seis meses de observação para segurança, as reações foram “geralmente consistentes com outros dados de segurança clínica da vacina”, diz o comunicado.

Os fabricantes pretendem usar os resultados para reforçar pedido de uso emergencial do produto nessa faixa etária, feito em maio à FDA (agência regulatória dos EUA). No começo deste mês, a FDA autorizou também a aplicação emergencial entre os 5 e os 11 anos de idade.

A EMA (regulador europeu) e a Anvisa (agência brasileira) avaliam pedido para a faixa dos 5 aos 11 anos.

O presidente do conselho da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que os resultados recém-divulgados são importantes porque “as taxas de Covid estão subindo nessa faixa etária em algumas regiões, enquanto a administração da vacina diminuiu”.

A eficácia da vacina foi alta em todos os gêneros, raças, etnias, índices de massa corporal e comorbidades, segundo as empresas. O resultado de 100% tem intervalo de confiança de 95%.

A recomendação para crianças a partir de cinco anos de idade é de duas doses da vacina, com intervalo de três semanas. A partir dos 12 anos, uma terceira dose pode ser administrada quatro semanas após a segunda, em indivíduos com imunidade comprometida.