A inflação oficial do País, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (08) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa foi a maior taxa para setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando o índice chegou a 1,53%. Com o resultado, a inflação acumula alta de 10,25% em 12 meses, a maior desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%. Essa é a primeira vez em mais de cinco anos que a taxa anual atinge dois dígitos.
No ano, o IPCA acumula alta de 6,90%. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em setembro, com destaque para o grupo habitação, que passou de 0,68% em agosto para 2,56%. A inflação desse grupo foi puxada pelo aumento de 6,47% na conta de energia elétrica.
Os combustíveis também voltaram a subir, puxados pelas altas da gasolina (2,32%) e do etanol (3,79%). Além disso, o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%) também ficaram mais caros.
O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 1,02%. Destacam-se os aumentos nos preço das frutas (5,39%), do café moído (5,50%), do frango inteiro (4,50%) e do frango em pedaços (4,42%).